domingo, 7 de janeiro de 2018

O Amor e a cura da alma



    
Na busca de sua alma e do sentido de sua vida, os viajantes destes caminhos nos revelam que somente o Amor é capaz de engendrar a Alma, mas também o   Amor precisa da Alma. Assim, em lugar de buscar causas, explicações psicopatológicas das nossas feridas e dos nossos sofrimentos, precisamos em primeiro lugar amar a nossa alma, assim como ela é. 
     Deste modo, é que poderemos reconhecer que estas feridas e estes sofrimentos nasceram de uma falta de amor. Por outro lado revelam-nos que a alma se orienta para um centro pessoal e transpessoal, para a nossa unidade e a realização de nossa totalidade. Então, a nossa própria vida carrega em si um sentido, o de restaurar a nossa unidade primeira. Enfim, não é o espiritual que aparece primeiro, mas o psíquico, e depois o espiritual. É a partir do olhar do íntimo espiritual interior que a alma toma seu sentido, o que significa que a psicologia pode de novo estender a mão para a teologia. Esta perspectiva psicológica nova é fruto do esforço para libertar a alma da dominação da psicopatologia, do espírito analítico e do psicologismo, para que volte a si mesma, à sua própria originalidade. Ela nasceu de reflexões durante a prática psicoterápica, e está começando a renovar o modelo e a finalidade da psicoterapia.
     Jung conheceu o caos da depressão e viveu o último estágio da dor humana.  Foi a dor que o salvou. Bendita dor. Nunca alguém o tinha visto chorando, mas agora ele aprendeu a “santa” linguagem das lágrimas. 
    Jung procurou ajuda e começou a caminhar pelo labirinto de sua alma. Andou por lugares nunca antes pisados. Caminhou pelas vielas do seu próprio ser e descobriu que nunca tinha sido forte. Quando começou a entender que a grandeza de um homem está em compreender e aceitar os limites de sua real dimensão, encontrou o horizonte.

     Sua emoção começou a brilhar. Passou a conquistar as pessoas, não pelo poder, mas pelo amor e diálogo. O “rei” perdeu seu trono, mas ganhou o coração dos que o rodeavam. Tornou-se um admirável ser humano. Ficou pequeno por fora, mas grande por dentro. 














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