quinta-feira, 14 de junho de 2018

Esperança

Entre o Ódio e o Amor, eu vivo a debater-me.
Quando não sangra o Amor, não ruge o Amor, porém,
Quando aos pés me não calca o Ódio, como um verme,
É o Tédio quem me vê com os olhos do desdém.

E oh! das mãos desse fauno cupido, eu inerme,
Tal que si fosse uma donzela, uma cecém,


Sentindo que me vão ferir, que vão perder-me,


Tento escapar... Em vão! O monstro me detém...

Tudo, tudo me causa horror. A vida, enfim,


Como um castelo desabou neste momento...
Mas, ah! que uma mulher passa a roçar por mim...

E eu esquecido já do mal que ela me fez,
Vendo-a sorrir, assim, mais leve do que o vento
Atrás dela saí correndo, inda uma vez! 


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