A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados,
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me.
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, p’ra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido,
atado e firme.Gregório de Matos
Bibliografia
MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971, p. 41.
FONTE: Ilustração: https://www.google.com.br/search?tbm=isch&sa=1&ei=_z5VWoOPEomcwATIq5HYAg&q=Imagem+de+Greg%C3%B3rio+de+Matos+A+Jesus+Cristo+Nosso+Senhor&oq=Imagem+de+Greg%C3%B3rio+de+Matos+A+Jesus+Cristo+Nosso+Senhor&gs_l=psy-ab.12...267372.272080.0.276029.10.10.0.0.0.0.229.1757.0j8j1.9.0....0...1c.1.64.psy-ab..1.0.0....0.KZK8-Z6Q67M#imgrc=Iey3_eUOO89J0M:

Nenhum comentário:
Postar um comentário