CONCLUSÃO
“Karl Rahner escreveu que “o homem espiritual de amanhã será um místico, alguém que experimenta algo”. Eu acrescentaria, que esse místico será um místico da alma, um místico da interioridade. No decorrer da história do cristianismo, esta mística sempre existiu, e encontrou seu apogeu em santa Teresa d´Ávila”.
O homem, providência ou não, ao mesmo tempo em que evoluiu de maneira surpreendente nestes últimos três séculos (XIX, XX e XXI) no conhecimento científico-tecnológico (como por exemplo a Física Quântica, Teoria da Relatividade de Albert Eistein, televisão, computadores, transmissões via satélite, conquista do espaço sideral, aviões, energia nuclear, etc.), no conhecimento genético, neurológico, cardiovascular (como por exemplo a clonagem, o exame de D.N.A. para determinar a paternidade, intervenções cirúrgicas no coração, inclusive do “feto” dentro do útero da mãe, o “Genoma”, etc.), evoluiu, também, na busca de algo que dê sentido a sua Existência.
Mesmo com o secularismo (fenômeno
histórico dos últimos séculos pelo qual as crenças e instituições religiosas se
converteram em doutrinas filosóficas e instituições leigas), ou o ateísmo
(falta de crença em Deus), não é mera coincidência que nestes mesmos séculos
surgiram novas denominações religiosas buscando apaziguar e dar respostas ao
sentido da existência humana.
Atualmente, após alguns anos da
passagem do milênio, verificamos uma valorização e busca do transcendente, do
místico, do esotérico, do mágico para resolver os problemas urgentes (como por
exemplo o desemprego) e que possivelmente pode levar o ser humano a umas
experiências religiosas superficiais, ilusórias e enganadoras.
Teresa e Jung nos apontam como primeiro
passo essencial, para uma experiência religiosa profunda envolvendo todo o ser
da pessoa, um contínuo auto conhecimento para que o homem possa distinguir
aquilo que lhe é próprio, aquilo que é do outro e aquilo que lhe é
transcendente (entendido aqui como ser transcendente que podemos chamar de
Deus, tanto no sentido metafísico-filosófico quanto no teológico-cristão).
Esta viagem rumo ao centro místico da
alma em direção a Deus não se dá fora, mas sim dentro, no profundo, no centro
do ser humano. Por isso defendemos a tese de que o centro místico da alma da
pessoa humana é o lugar em que há o encontro consigo mesmo, é o lugar de
experiência do Transcendente e o meio que leva a esta experiência, além de um
profundo e contínuo auto conhecimento, é o caminho da oração que o leva a
comunhão com Deus, consigo e com o próximo.
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FONTE: Ilustração: https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+Karl+Rahner&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=hSoDF032PyH16M%253A%252CbvTA_-ryrX3ohM%252C_&usg=__lzkl3j4ritgwUdVmFk53jhnuUbs%3D&sa=X&ved=0ahUKEwjAq4CDlpraAhXIhJAKHdoTDAwQ9QEIKzAB#imgrc=oTIdp4NI_EPCnM:
FONTE: Ilustração: https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+Karl+Rahner&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=hSoDF032PyH16M%253A%252CbvTA_-ryrX3ohM%252C_&usg=__lzkl3j4ritgwUdVmFk53jhnuUbs%3D&sa=X&ved=0ahUKEwjAq4CDlpraAhXIhJAKHdoTDAwQ9QEIKzAB#imgrc=oTIdp4NI_EPCnM:
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