terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG

Ciência e eu superior. 

 

Conforme Jung, o sentido da vida é a individuação, espécie de impulso natural da psique rumo à concretização da potencialidade que trazemos em nós (realização da personalidade total); e o processo de individuação é conduzido por um tipo de centro ordenador da psique, que ele denominou self  (si-mesmo) e que seria ao mesmo tempo o centro e a totalidade da psique.     O nome Self  reúne todas as forças da pessoa humana: consciência, inconsciência, sentimentos, racionalidade, personalidade, e o próprio eu. Individuar-se significa ampliar a consciência, a área superficial da psique. Representa separar-se da massa, do remoinho inconsciente, e obter autonomia; representa tornar-se uma totalidade psicológica, una e centrada, sem divisões internas: um “in-divíduo”. Este é o caminho para a personalidade total e mais íntima realização pessoal.   Para Jung o futuro da humanidade dependerá diretamente disso: da quantidade de pessoas que conseguirem se individuar.

   O processo de individuação será sempre algo difícil. Mas ele é a base da existência. Durante muito tempo nós o vivemos apenas superficialmente, mas em algum momento a psique chama o ego a voltar-se para dentro, a conhecer-se, a pesquisar no interior as verdades até então buscadas fora. A partir daí novos horizontes se abrem para a realização pessoal.

   O autoconhecimento psicológico nos faz ver que os conflitos da humanidade acontecem primeiro dentro de cada um, sutilmente, para depois se externar. Para Jung, entendermo-nos com aquilo que não conhecemos de nós mesmos, é o grande passo que falta ao Homo Sapiens. Só assim deixaremos de ver o inimigo no outro e o reconheceremos onde sempre esteve: dentro de nós mesmos. Esta é uma verdade simples que poucos enxergam. Mas que traz em si a força das maiores revoluções.












Nenhum comentário:

Postar um comentário